Durante os últimos anos, tive a oportunidade de conhecer vários freelancers do mercado brasileiro. Não só através do próprio blog mas também através da Fan Page da Escola Freelancer.

E durante esses anos conheci vários tipos de profissionais, desde aqueles que demonstram um maior profissionalismo até aqueles que, desde o primeiro minuto, apresentam uma atitude mais amadora.

Nada contra, até porque o mercado necessita dos mais variados tipos de profissionais. Porém, se você está se questionando a qual “grupo” você pertence (dos amadores ou dos profissionais), vou partilhar com você algumas das características que, na minha opinião, diferenciam os dois tipos de profissionais.

1. A capacidade de procurar clientes antes que eles desapareçam

O profissional freelancer deve ter uma busca incessante por novos clientes. Mesmo quando o seu negócio está com um bom volume de projetos, ele deve estar sempre com um “olho aberto” para novos clientes. Caso contrário, ele acabará por ficar desesperado quando os seus projetos atuais terminarem.

O que eu aconselho nestas situações é que o freela mantenha sempre um bom número de potenciais clientes debaixo de olho. Um simples documento no Google Drive pode ser suficiente para manter uma lista organizada de potenciais clientes que facilmente poderão aceitar os seus projetos.

Obviamente, isso não quer dizer que o freelancer conseguirá fechar algum projeto, mas certamente as suas chances de ser bem sucedido aumentam consideravelmente.

Na palestra Como Gerir Clientes explicamos várias estratégias sobre como conseguir mais clientes.

O que faz o freelancer amador? Ele concentra-se apenas no hoje e acredita que o futuro será sempre melhor e que os clientes surgem naturalmente, sem ele necessitar de preocupar-se muito com isso.

2. Consistência financeira

A gestão financeira é um ponto bem sensível na vida do freelancer. Ao contrário do que acontece com o empregado de uma empresa, onde o dinheiro está garantido ao final do mês, com o freela essa questão financeira é bem mais complexa e insegura.

Em primeiro lugar porque os clientes vão e vêem, e quando eles apenas vão, o desequilíbrio financeiro surge.

Mas mesmo que você tenha clientes, ainda pode surgir outro problema: o não pagamento dos seus serviços. Por mais estratégias que você use, tal como esta ou esta, os problemas podem surgir. Que nunca levou um calote que atire a primeira pedra.

O grande ponto é: como sobreviver aos pagamentos atrasados dos clientes?

Bom, o primeiro passo é ter uma reserva financeira. Eu sei que isso é algo clichê, mas tente guardar pelo menos 10% de tudo aquilo que você ganha. E não vale a pena reclamar que a sua grana é curta, pois se você não não consegue poupar pelo menos 10% do que você ganha, não é a sua grana que está curta, mas sim o seu negócio que tem pouca margem de lucro.

Outra dica é ter uma conta da empresa e uma conta pessoal. Na conta da empresa está todo o dinheiro que entra e sai do seu negócio de freelancer. Se um cliente pagou os seus serviços esse dinheiro vai para essa conta. Se, por outro lado, você tem que gastar dinheiro com um computador para o seu escritório, esse dinheiro também deve ser retirado daí.

E dessa conta empresarial sairá, também, o seu salário de freelancer. Tenha um valor fixo e que não comprometa a sustentabilidade da empresa. Com esta estratégia, você vai acumulando algumas reservas nos melhores meses e serão essas mesmas reservas que vão ser utilizadas nos momentos em que os clientes não pagarem pelos seus serviços.

O que faz o freelancer amador? Para ele todo o dinheiro que entra é “lucro”. Nada deve ser reservado para o mês seguinte.

3. Capacidade para escolher clientes

Com o passar do tempo o freelancer começa a entender uma coisa: Ficar trabalhando com o cliente errado muitas vezes impede que ele encontre o cliente certo.

Focar-se mais na qualidade dos clientes ao invés da quantidade revela experiência e uma estratégia que gera bons frutos a longo prazo.

Por vezes, é melhor ter menos clientes mas de confiança, do que ter uma grande quantidade de projetos que só gerem problemas.

Lembre-se: nem todos os clientes são clientes.

O que faz o freelancer amador? Para ele o importante não é a qualidade mas sim a quantidade. Desde que o cliente pague uma quantia mínima, todos os projetos são aceites.

4. Procura a valorização da marca

A marca é um dos bem mais valiosos que o freelancer pode ter. A sua marca é a sua identidade, a sua personalidade, aquilo que o diferencia dos seus concorrentes. Num mundo tão caótico e prostituído como o da internet, ter uma marca é um passo indispensável para manter um negócio ativo.

freelancer profissional

Mas afinal, o que é isto de ter uma marca?

Ter uma marca é muito mais do que ter um logótipo e um nome. A marca de um freelancer é um conjunto de conceitos que muitas vezes não são visíveis a olho nu, tais como:

  • Seriedade e cumprimentos de prazos na entrega dos projetos. Tal como as empresas focam-se em melhorarem os seus prazos de entrega (a Amazon é um bom exemplo) o freela também pode ter como destaque o cumprimento dos seus prazos, por exemplo.
  • Facilidade de comunicação. O freelancer pode ser um profissional sempre disponível a comunicar-se com o seu cliente e a esclarecer todas as suas dúvidas.
  • Entrega de qualidade. O foco do freelancer pode ser uma entrega de qualidade, podendo assim cobrar mais pelos seus serviços.
  • Resultado. Dependendo da área do freela, a sua diferenciação enquanto marca pode ser feita na entrega de resultados dos seus projetos, por exemplo.

O que faz o freelancer amador? Para ele a marca é algo que não existe. Qualquer logo serve, qualquer slogan serve, qualquer site serve e qualquer projeto foi feito para ser entregue, nada mais.

5. Sabe que a sua palavra é a principal moeda de troca

O mundo da internet tem coisas muito boas, mas também tem o seu lado negativo, e um desses lados negativos é a pouca confiança que temos na pessoa que está do outro lado.

Por norma, se virmos alguém pessoalmente, tendemos a confiar mais do que se falarmos apenas com essa pessoa online. E num mundo onde a confiança é tão reduzida, a sua maior vantagem pode ser mesmo a sua palavra.

O freela profissional entende isso muito bem e valoriza esse pormenor com o cliente. Está sempre disposto a ajudá-lo, a responder aos seus emails e a melhorar os resultados. Obviamente, tudo isso dentro de limites aceitáveis para o seu negócio.

O que faz o freelancer amador? Para ele, não cumprir aquilo que ele prometeu ao cliente é algo que “faz parte”. Afinal de contas, o mundo da internet é tão vasto que certamente os próximos clientes não vão saber do que aconteceu…

6. Entende que o conhecimento é o seu bem mais valioso

Tal como explicamos ao longo da nossa palestra sobre Como Iniciar a Carreira de Freelancer, o bem mais valioso que o freela pode ter é o seu conhecimento. O seu negócio até pode falir, ele até pode ter problemas com clientes, mas se o seu conhecimento mantiver-se intacto, ele terá boas chances de erguer-se novamente.

E falar em conhecimento é também falar em renovação de conhecimentos. O freela experiente sabe que os seus conhecimentos de ontem podem não ser úteis amanhã e por isso ele procura sempre informar-se mais. Compra livros, lê blogs e assiste aos melhores vídeos sobre a sua área de negócios.

O que faz o freelancer amador? Para ele só o dia de hoje é importante e ele já sabe tudo aquilo que ele necessita. Renovar conhecimentos é para os iniciantes, algo que ele, definitivamente, não é.

7. Valorização do seu tempo

O freelancer tem uma certeza para o resto da sua vida: ele vai sempre trocar tempo por dinheiro. E como neste caso, tempo vale dinheiro (literalmente), o freelancer profissional aprende, desde cedo, a valorizar todos os segundos do seu dia.

Isso não quer dizer que ele não vá, de vez em quando ao Facebook, ou que não procrastine em algumas ocasiões. Porém, ele também sabe que esses momentos são a exceção e jamais podem ser a regra.

O que faz o freelancer amador? Para ele, ser freelancer é sinônimo de liberdade e por isso, ele controla o tempo como ele quiser, mesmo que isso leve a atrasos de projetos. Afinal de contas, todos nós somos humanos e temos atrasos não é verdade?

Conclusão

Depois de analisados os dois lados, cabe a você perguntar a si mesmo se está errando em alguns destes pontos.

No nosso ebook Ser Freelancer falamos muito sobre todos estes temas. Se quer melhorar a sua carreira de freela, clique aqui e garanta já o seu.

Agora chegou a sua vez: Na sua opinião, existe mais alguma diferença entre um freela amador e um profissional? Se sim, conte para nós nos comentários!

Abraço,

Luciano Larrossa

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